O sonho da dona de casa Sandra Flores Soares, 31 anos, de ter um banheiro na humilde casa da família, ainda não é realidade. A falta de materiais e as constantes chuvas não andam colaborando para que a obra seja concluída. Mas, agora, falta pouco para que ela, o marido e os seis filhos possam, enfim, tomar banho de chuveiro.
A casa de madeira em que a família vive foi forrada com caixas de leite, na Vila Lorenzi, para despistar o frio. Mas, em função da baixa renda (R$ 250, do Bolsa Família), a família não têm um banheiro na residência. E, com a falta do cômodo, o jeito é tomar banho de mangueira, independentemente da temperatura.
Depois de reportagem publicada no Diário, a família recebeu, de uma construtora de Santa Maria, materiais para erguer um banheiro. Mas os itens prometidos ainda não chegaram em sua totalidade. A dona de casa afirma que começou a construção com 500 tijolos doados por um vizinho. As paredes já começaram a ser erguidas, mas ainda é preciso mais material para dar o acabamento e instalar os equipamentos.
A construtora nos doou cimento, ferros, canos, o chuveiro, a pia e o vaso, mas os tijolos ainda não vieram e eles são o principal, eles são a base da construção. O que nós começamos foi com o material que o vizinho deu, mas ainda falta boa parte afirma Sandra.
A dona de casa diz, também, que o clima não tem colaborado. Em função das chuvas, o marido, que é o responsável pela construção do banheiro, ainda não conseguiu trabalhar como queria na construção. Segundo ela, assim que os materiais chegarem, se o tempo seco permanecer, a peça deve ficar pronta.
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Patrícia Farias, sócia da construtora PHJ, que se comprometeu em doar o material, afirma que ainda não teve tempo de levar os tijolos para a família. Mas reafirmou que o material está garantido e deve ser entregue em breve. Nós tivemos de terminar outras obras, o que acabou atrasando a entrega. Mas os 200 tijolos estão separados e serão levados, ainda essa semana, para a Sandra promete Patrícia.
A dona de casa diz que, mesmo sem o banheiro pronto, a generosidade a emociona. Além dos materiais, outras doações de roupas, alimentos, fraldas e remédios têm chegado. Para ela, pessoas antes desconhecidas se tornaram amigas.
São meus anjos da guarda. Algumas pessoas têm me ajudado e, agora, vêm aqui em casa. São meus amigos. Ainda não tenho meu banheiro, mas agora falta muito pouco emociona-se a dona de casa.
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